Aproveitei o fim de semana pra visitar alguns blogs e fiquei devastada com um texto que li no ParaBeatriz. No post chamado Ter Filho Não é Pra Todo Mundo, ela publica um texto de um pediatra, José Martins Filho, que meio que condena quem trabalha em horário integral e não permanece com as crianças... Eu tô passando por um período terrível como mãe. Sei que preciso passar mais tempo com meu filho e já programei alguns sacrifícios no trabalho pra tentar compensar isso,mas acho que a gente convive com o sentimento culpa desde a hora que recebe o Beta HCG positivo!!
Mas um novo estudo britânico (UK Millenium Cohort Study) mostra que trabalhar fora não impõe danos sociais ou emocionais significativos para as crianças mais novas. Ele também revelou que as crianças se saem melhor quando pai e mãe trabalham fora e moram ambos junto com os filhos.
"Alguns estudos têm sugerido que trabalhar ou não no primeiro ano de vida de uma criança pode ser particularmente importante para o desenvolvimento dela mais tarde", observou Anne McMunn, a principal pesquisadora, em um boletim do Economic and Social Research Council, que financiou a pesquisa. "Neste estudo nós não vimos qualquer evidência de uma influência prejudicial sobre o comportamento da criança a longo prazo".
Os resultados do estudo sugerem que as mães que trabalham são diferentes das mães em tempo integral em vários níveis. Por exemplo, Anne observou que mães com um emprego remunerado são mais propensas a serem mais qualificadas academicamente, mais ricas e menos deprimidas.
As formas de influência de uma mãe que trabalha fora sobre o desenvolvimento de seus filhos estão mais ligadas ao gênero da prole. As meninas parecem ser mais afetadas pelos padrões de trabalho da mãe que os meninos.
Na observação de dificuldades comportamentais por volta dos CINCO anos, os meninos se saíram melhor que as meninas nas famílias em que só o pai trabalhava fora, com a mãe presente em tempo integral dentro de casa.
No cenário oposto, quando apenas a mãe era o arrimo da família (comparado a famílias com renda composta), as meninas apresentaram resultados melhores.
No entanto, o estudo reforçou as evidências anteriores de que problemas comportamentais por volta dos cinco anos aparecem com mais frequência nas famílias em que ambos os pais estão desempregados, ou nos lares de mães solteiras.
Bem, minha conclusão depois de chorar por meia hora: a gente tem que tentar compensar o tempo ausente de alguma forma: levando e buscando na escola, fazendo as refeições juntos, brincando e fazendo dever quando chegar em casa (vamo arrumar disposição em algum lugar!), colocando pra dormir... Se nada disso for possível, tentar permanecer em horário integral com as crianças nos fins de semana. E nada de compensar a ausência com presentes e esquecendo dos limites!
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