terça-feira, outubro 09, 2012

Uma reflexão sobre livros infantis


Quando eu viajava com meus pais nas férias a primeira parada era na livraria do local. A gente podia escolher um livro, mas teria que lê-lo até o fim das férias. Nas férias seguintes era ao contrário, meu pai escolhia o livro e a gente dava conta antes das aulas recomeçarem. Era uma delícia.

Tento repassar ao meu filho o hábito da leitura. Quando alguém viaja e pergunta a ele o que quer de presente ele responde 'um livro'. No shopping, não me pede McDonald´s nem brinquedos, mas sempre me convida pra ir "na loja de livros" e sempre sai com uma novidade de lá. Não economizo nesse sentido, mas vou ressaltar, só compro coisa boa. Deixa eu explicar.

Na semana da criança de sua escola, que acontece essa semana, uma atividade diferente foi programada pra cada dia de aula. Hoje foi dia de contação de história (ele adorou as aventuras do Saci!) e de uma feira de livros. Uma iniciativa fantástica! Até cheguei mais cedo pra buscá-lo pra que ele escolhesse um livro, mas que decepção! Nada de livro bom. Me entendam, um "livro" do Ben 10, Carros, Barbie e Princesas da Disney não acrescentam nada de bom. Livros em CD de computador também não. Livros que não contam a história toda (acreditam nisso?) são dispensáveis. Livros de colorir, de atividades são legais, mas estou atrás de literatura, entendem? 

Daí Leo olhou, olhou e perguntou pra vendedora:
-"Tem algum livro do Saci?" 
-Não.
- "Da Floresta Amazônia?" 
-"Não,mas tem dos Carros, você gosta?"
Aí eu respondi que não.

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