terça-feira, setembro 27, 2011

Dor de Cabeça

"Leonardo, vamos tomar banho! Não, estou com dodói na cabeça! Vem pentear! Não, a cabeça tá dodói! Vamos pra aula! Nããããõ! Tá doendo (apontando pra cabeça)".
Isso tem acontecido com vocês? Quando saber se é manha ou se realmente nossos pequenos estão com dor de cabeça?

Segundo o maior estudo brasileiro sobre saúde mental infantil, feito pela Sociedade Brasileira de Cefaleia, 81,2% das crianças e adolescentes entre 5 a 18 anos do país já tiveram dor de cabeça alguma vez na vida. A pesquisa, apresentada durante o XXV Congresso Brasileiro de Cefaleia, analisou dados de 6.383 crianças e adolescentes de 18 estados e 87 cidades. Um deles mostra que crianças e adolescentes que apresentam dor de cabeça com frequência tem pior desempenho na escola e faltam mais. “Avaliamos que, por causa da cefaleia, 89% perdem ao menos dois dias de aula por ano”, diz o especialista.

A prevalência da dor, embora muito comum entre crianças e adolescentes de 5 a 18 anos, aumenta significativamente a partir dos 10 anos de idade, especialmente em meninas por causa da chegada dos hormônios sexuais e da menarca, ou seja, a primeira menstruação. Segundo a pesquisa, 15 milhões de crianças e adolescentes apresentam enxaqueca no Brasil, sendo que 53,5% dessas perdem dias de aula por causa de dor de cabeça, pelo menos, dois dias por ano.

Para descobrir se é dor o que seu filho tem, observe o comportamento dele. Veja se busca um lugar mais escuro ou silencioso (fala a favor de enxaqueca), se para de brincar (olha a dica!) e pede pra desligar a tv por causa do barulho ou se perde o apetite e fica enjoado. Todas essas informações vão ser fundamentais para o médico fazer o diagnóstico.
E o que fazer se realmente se tratar de um caso de dor ou enxaqueca? Medicar o menos possível e só quando necessário, sempre com orientação médica. E se a dor de cabeça persistir, acompanhada de outros sintomas, como enjoo, indisposição, é hora de procurar ajuda.

Fonte: Dr Marco Antonio Arruda (neurologista coordenador da pesquisa) em entrevista à revista Crescer

Nenhum comentário:

Postar um comentário