Tem coisa mais gostosa que dar uma fungada num pezinho de bebê? Ah! Eu adorava! Na verdade, dou umas cheiradinhas até hoje! Mas não é que dia desses o pé dele tava com cheirinho de chulé!! Não, não é uma coisa "normal" nessa idade, mas descobri a causa: ele saiu da natação, mal secou os pés e calçou a crocs... Resultado: chulé! Ou bromidrose, o nome científico da coisa.
Mas e quando o chulé é persistente? Nosso suor não tem cheiro. Ele é basicamente composto de água e sais minerais. Mas quando esse pezinho fica abafado o dia inteiro (tênis + meias), ele pode ganhar a companhia de fungos e bactérias, que adoram calor e umidade! O excesso de suor (hiperidrose) também mantém esse local sempre molhadinho, prato cheio pra esses bichinhos!
Então a orientação básica é ventilar os pés! A criança ou o adolescente precisa ficar sem sapatos fechados ou meias o máximo de tempo possível, ou seja, chegou da escola, tira tudo. A higiene também é fundamental: lavar entre os dedos e, principalmente, secar bem. Em casos mais persistente recomendo que lave com sabonete antisséptico e seque até com secador de cabelos! Tudo pra garantir que fungos e bactérias passem longe dali.
Os tênis não devem ser usados sem meias e essas devem ser de algodão (evitem tecidos sintéticos). O revezamento dos calçados é algo importante, ou seja, nada de usar o mesmo tênis todo dia. Também não recomendo guardá-los no armário assim que chega em casa. Deixar um tempo levando um ventinho ou um solzinho é bom. Já as meias, uma única regra: usou, lavou. Nos casos de mau cheiro provocado pelo excesso de suor, o uso de desodorantes pros pés é importante (aqueles pós, talcos e sprays podem ser usados).
Caso o paciente já tome todos esses cuidados e o chulé não dá trégua, o exame dermatológico é fundamental, pois pode já existir contaminação no local.
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