É bem comum os obstetras recomendarem a ingestão de ácido fólico antes mesmo de engravidar, como prevenção de problemas neurológicos no bebê (ele reduz o risco de defeitos no tubo neural), mas uma pesquisa recente mostra que temos mais um motivo pra usar o suplemento: menor risco de autismo!
A amostra da pesquisa foi de 85.176 crianças, nascidas entre 2002 e 2008; no final do acompanhamento, em 31 de março de 2012, a faixa etária era de 3,3 a 10,2 anos. A exposição de interesse primário foi a utilização de ácido fólico de 4 semanas antes até 8 semanas após o início da gestação. O principal parâmetro medido foi o diagnóstico confirmado por um especialista de transtorno do espectro do autismo (ASD).
Ao final do acompanhamento, 270 crianças da amostra do estudo tinham sido diagnosticadas com ASD: 114 com autismo, 56 com síndrome de Asperger e 100 com PDD-NOS. Nas crianças cujas mães tomaram ácido fólico, 0,10% (64/61.042) tinham transtorno autista, em comparação com 0,21% (50/24.134), nas não expostas ao ácido fólico. Não foi encontrada associação com a síndrome de Asperger ou PDD-NOS, mas a significância foi limitada. Análises similares para o uso de suplementos de óleo de peixe no pré-natal não apresentaram tal associação com transtorno autista, embora o uso de óleo de peixe tenha sido associado às mesmas características maternas do uso de ácido fólico.
Concluiu-se que o uso pré-natal de suplementos de ácido fólico foi associado a um menor risco de autismo nesta coorte. Embora estes resultados não possam estabelecer a causalidade, eles dão suporte à suplementação de ácido fólico no pré-natal. Então, buchudinhas e futuras buchudinhas, não dispensem o ácido fólico e, porque não, o óleo de peixe!
Fonte: The Journal of the American Medical Association – JAMA, de 13 de fevereiro de 2013
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