Você Viu? Autora do "Diário de Classe" é intimada na delegacia!

Vocês já devem ter ouvido falar de Isadora Faber, uma garota de Florianópolis que criou um blog chamado Diário de Classe, onde denuncia problemas estruturais e de ensino de sua escola, Maria Tomazia Coelho, em Florianópolis. Seria mais um blog se os pais da garota não tivessem sido chamados pela direção pra pedir que Isadora parasse de publicar as fotos denúncia que mostravam vazamento no banheiro, cadeiras quebradas, bagunça na sala de aula! A coisa tomou proporções gigantescas ao sair da mídia e a prefeitura "ajeitou" a escola da garota. Ponto final? Que nada...

Nessa terça (18) Isadora, 13 anos, foi intimada pela 8a Delegacia de Polícia de Florianópolis para prestar depoimento. Sua professora de Português registrou um boletim de ocorrência contra a garota por calúnia e difamação. O motivo: no dia 24 de agosto a aluna postou um recado no Facebook dizendo que a professora teria feito uma aula sobre política e internet para humilhá-la na frente dos colegas: "Ela falava que ninguém podia falar da vida dos professores porque nós podíamos ter feito muitas coisas erradas pra eles odiarem", disse na mensagem. Na época, Isadora e seus pais foram chamados pela diretora da escola pra esclarecer o que aconteceu e a professora teria se desculpado. Ponto final? Not!

Isadora escreveu em seu blog que na última aula de português a tal professora pediu pra que todos os alunos lessem as questões 8 e 9 do regimento interno do colégio, onde se proíbe qualquer aluno de levantar injúria ou calúnia contra colegas, professores e funcionários, inclusive por meios eletrônicos com a internet e celulares. "Eu estava olhando em casa e lendo inteiro, então bem abaixo do que ela falou estava uma parte para professores 'Sócioeducativa' dizendo que quando algo acontece com aluno tem que encaminhar o caso pra MPSC. Não sofri nenhuma medida sócioeducativa, fui parar direto na delegacia mesmo. Acho que ela deveria ler o regimento também!", escreveu a garota. 

O delegado vai encaminhar o caso pra Delegacia de proteção à criança e adolescente e Mulher. A professora não quis se pronunciar sobre o assunto.

Fonte:G1