domingo, agosto 08, 2010

Em Nome do Pai

Fiquei indignada ao saber que uma grande escolinha de nossa cidade não fez comemoração no dia dos pais. A alegação é que aquelas crianças que não tem pai, ficariam constrangidas com a comemoração. Como assim, não tem pai? Quem não tem um pai? Pode ser um pai ausente, violento, falecido ou desconhecido, mas essa criança tem sim um pai. E cá entre nós, é a minoria. Não tô aqui pra julgar ninguém, cada um é cada um, mas sou pró-família e acho que esse tipo de atitude só contribui pro mundo louco que a gente vê hoje. Se seu filho se encaixa na categoria “sem pai” e é muito pequenininho, não leve ele na escola nesse dia! Se ele é maiorzinho, explique a situação, que o papai não poderá ir e se ele gostaria que o vovô ou o padrasto fosse no lugar. Pergunte como ele se sente e se a situação incomoda, deixe seu pequeno em casa. Numa horinha livre leve ele pro cinema, pra tomar um sorvete ou dar um mergulho no mar. É com AMOR que se preenche os vazios, não tapando o sol com a peneira. Pronto, falei!

Agora venho falar do meu pai. Hoje não sairemos pra almoçar porque ele não está mais aqui conosco, mas não deixo de lembrar de jeito nenhum. Como na música de Fabio Jr, meu pai foi meu heroi e meu bandido. Heroi na infância com seus cafunés, passeios de bicicleta, banhos de mar e de rio, jogos juntos no videogame, aluguel de filmes, idas ao cinema, treinos de natação e viagens e mais viagens. A primeira parada nas viagens? Numa livraria! Ai,que delícia! E o hotel tinha que ter água quente no chuveiro! Única época do ano em que ele liberava um banho quentinho. E íamos aos melhores restaurantes, as melhores peças e passeios. Ele dizia que a maior herança que ia nos deixar era o estudo, a cultura que aprendíamos nas viagens e a disciplina que só o esporte poderia ensinar. Que sábio,meu pai! Mas na adolescência foi meu bandido. Preferiu me criar numa bolha pra me preservar dos "perigos”da vida. Eu não podia sair, namorar, ir às festinhas... Eu odiei cada minuto da minha adolescência. Não acredito até hoje que foi uma escolha correta, mas confesso que entendo e até admito ter me poupado de algumas exposições desnecessárias...mas tudo bem, passou. Com a faculdade de medicina veio a reconciliação. Com a escolha da dermatologia, assim como ele, nos tornamos colegas de trabalho. Meu pai foi meu heroi, meu bandido, meu ídolo, minha inspiração... Ainda hoje peço seus conselhos, sua ajuda, sua calma...e tentarei repassar ao meu filho os ensinamentos desse homem de bem que foi meu pai. Eles não se conheceram pessoalmente, mas sinto a presença dele em cada sorriso de Leonardo. Feliz dia dos pais,papai!

E o pai do meu filho? Só preciso dizer que é o melhor pai que uma criança poderia ter!

2 comentários:

  1. eu nao acredito no que estou lendo,minha querida se enxergue deixe de ser um dondoquinha mimada e futil honre seu juramento de pensar no proximo,seja menos egoista sorte de seu filho que tem pai e os outros que nao tem e uma situaçao constragedora sim estudei no colegio que nao fazia festa por esses motivos nos confeccionavamos la e entregava a quem quise-mos por isso que voce e uma pessima medica ja tive no seu consultorio. prefiro pagar todo mes passagem para ir ao sirio libanes do quue ir em voce incopetente egoista

    ResponderExcluir
  2. fiquei horrorizado com o comentario da colega acima , porque tanta agressividade??? se nao concorda com a opiniao , pronto , nao precisa agredir .EDMEIA nao ligue existem pessoas de todas as formas

    ResponderExcluir