É tão comum a gente ver pais que não querem que seus filhos façam raio-x porque vão se expôr à radiação... Mas e diante de uma tomografia computadorizada de crânio (TC), cada vez mais comum, principalmente em emergências, os pais pensam em riscos?
Então, um estudo, publicado pelo periódico Pediatrics, avaliou o conhecimento
dos pais em relação aos riscos potenciais de câncer após
exposição de uma criança à TC da cabeça. Foram avaliadas
também a disposição de prosseguir com a recomendação médica de utilização de uma
TC de crânio, após a
divulgação do risco, e a preferência dos pais a serem ou não informados sobre os
riscos potenciais antes do procedimento.
Este foi um estudo transversal e prospectivo de pais cujos filhos se
apresentaram com um ferimento na cabeça a um
serviço de urgência/emergência de atendimento
pediátrico terciário. Os resultados mostraram que dos 742 inscritos, 454 pais
(61,2%) eram do sexo feminino e 594 (80,0%) estavam na faixa etária entre 31 e
50 anos. É importante ressaltar que 357 (46,8%) estavam cientes do potencial
para um aumento do risco de malignidade na vida futura após a TC. Antes da
provisão da estimativa de risco, a proporção de pais "muito disposto/dispostos"
a prosseguir com a TC de crânio foi de
90,4%; após a divulgação, a vontade diminuiu para 69,6% (P<0 42="" 673="" a="" antes="" de="" desejavam="" dos="" e="" exame="" fazer="" fosse="" informados="" malignidade="" n="" ncia="" o="" os="" ou="" p="" por="" potenciais="" prefer="" quanto="" que="" realizado.="" recusaram="" riscos="" se="" ser="" serem="" sobre="" tc.="">
Cerca de metade dos pais participantes estavam cientes do potencial aumento
do risco de malignidade na vida futura da criança associado à tomografia
computadorizada de cabeça. A
vontade de prosseguir com a TC foi reduzida após a divulgação de risco, mas isso
era uma barreira importante para uma pequena minoria de pais. A maioria dos pais
queria ser informada sobre os riscos potenciais de malignidade antes de
prosseguir com a imagem. Ou seja, conversando a gente se entende, mas acredito que esse tipo de informação deveria ser obrigatória antes de qualquer exame, concordam? Vai salvar a vida do meu filho, é importante que se faça? Ok. É desnecessário? Seria repensado.
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