Pesquisadores da Universidade de Cambridge demonstraram, pela primeira vez, o potencial de um pâncreas artificial em grávidas com diabetes tipo 1. Espera-se que ele possa reduzir drasticamente os casos de natimortos e as taxas de mortalidade entre gestantes portadoras desta condição no futuro.
O estudo publicado no Diabetes Care avaliou a performance do pâncreas artificial ou sistema “closed-loop insulin delivery system” em dez grávidas com diabetes tipo 1. A pesquisa mostrou que este dispositivo é capaz de fornecer automaticamente a quantidade correta de insulina, no tempo certo, além de manter os níveis de glicose dentro do normal e prevenir a hipoglicemia noturna - tanto nos estágios precoces, quanto no final da gestação. Outros estudos já demonstraram a melhoria do controle glicêmico em crianças com diabetes tipo 1 com o uso do pâncreas artificial, mas este é o primeiro a aplicar tal dispositivo em grávidas com a doença.
A gravidez aumenta os riscos de uma mulher diabética, uma vez que as mudanças hormonais tornam o controle da glicemia mais difícil, principalmente durante a noite. Bebês de mães diabéticas tem risco 5 vezes maior de natimortalidade, 3 vezes maior de morrer nos primeiros meses de vida e 2 vezes maior de malformações congênitas. Duas entre três mães com diabetes pré-existente têm diabetes tipo 1. A hipoglicemia na gravidez é a principal causa de mortalidade materna nesse grupo.
Fonte: University of Cambridge
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