Escolinha: a Escolha

Bem, chegando o final de ano é a época ideal de visitar as escolinhas pra escolher onde seu pequeno irá inicia sua vida escolar. A revista Claudia traz uma matéria excelente sobre essa decisão tão difícil e tão importante: hoje se sabe que os primeiros anos de formação repercutem nas fases seguintes de escolaridade, na saúde e até na personalidade!

Acredito que cada uma tem suas preferências, prioridades e expectativas diferentes. Eu comecei minha pesquisa em busca de linhas pedagógicas,mas em Maceió, com exceção da Montessori, todas usam o método construtivista (umas mais radicais como a Espaço Educar e a Criar e Recrear; outras já se chamam de socioconstrutivista fazendo um mix desse método com o mais tradicional - é o caso das outras escolinhas)...

A Revista propõe um questionário simples,mas que pode ser decisivo na escolha: As crianças parecem felizes? Brincam juntas ou cada uma isolada no seu canto? Nos intervalos, os adultos acompanham e intervem quando necessário ou ficam batendo papo enquanto a criança se esborracha no chão? Quando há uma briga,a escola faz o que? E quando não quer comer? E quando morde? Tem uniforme? Terá momentos de descanso ou apenas atividades? Vários aspectos do desenvolvimento são contemplados (artes, música, esportes) ou o foco é apenas a alfabetização? Não há uma resposta padrão,mas a escola tem que ter postura...

Além desses fatores, outros foram decisivos pra minha escolha:

1- Localização: a escolinha tinha que ser no bairro que moro e trabalho, a Ponta Verde. Tanto por questões práticas como emergenciais. A gente sabe que criança pequena se machuca muito, então onde eu estiver estarei a 5 minutos de lá;

2- Referências: como sou marinheira de primeira viagem, a indicação de amigas foi fundamental. Saber que pessoas que pensam como você estão satisfeitas com o que a escola oferece dá uma segurança maior. E é uma delícia encontrar com um monte de gente conhecida e conhecer seus pimpolhos!

3- Tamanho das turmas: não imagino uma turminha de maternalzinho com 20,25 crianças dentro...vi isso por aí! Acho que 12,15 crianças é o máximo que uma turminha pode comportar. Uma professora e duas auxiliares.

4- Faixa etária: com as novas leis de ensino, oficialmente a escola só pode aceitar crianças com 2 anos completos até fevereiro. Dessa forma, Leonardo só poderia entrar na escola em julho do ano que vem!! Felizmente, algumas escolinhas tem o maternalzinho (outro nome pra crechinha), mas num conceito um pouco diferente da creche comum;

5- Aconchego: a escola é o segundo lar da criança, certo? Acho que ética, bons modos e caráter se ensina em casa, mas é fundamental que a escola compartilhe dos seus pensamentos. Fiquei horrorizada quando soube que no Jardim 1 de uma grande escola de nosso bairro a criança estava chorando (não sei o motivo) e pediu o colo da “tia”... A professora se negou a abraçar o aluno pedindo pra ele se recompor! Ora, raios que a parta! Que pessoa é essa que nega um abraço, um carinho a um pequenino? Pode ser até orientação superior, mas eu quero meu pequeno num local em que ele saiba que será tratado com amor! Sentiu saudades de casa? Machucou? Tá com soninho? Ah! tia, me põe no colo, me dá um abraço e me diga que vai ficar tudo bem...

6- Ar Puro: ou quase...as salas teriam que ser abertas,com amplas janelas e batendo sol o dia inteiro. Bobagem? Não pra quem tem filho alérgico, asmático... Uma amiga minha tirou o filho de outra escola por causa das crises alérgicas provocadas pelo ar condicionado. Manutenção dos aparelhos é fundamental, mas a gente sabe que isso nem sempre acontece...

7- Cardápio: a escola oferece lanche e a opção de almoço/jantar pros pais que quiserem. Os que não queiram tem que cumprir o cardápio do dia pra que as crianças comam a mesma coisa.Toda supervisão é feita por uma nutricionista com formação em nutrição infantil.

8- Ensino religioso: acho importante que se passe à criança valores como família, amizade, perdão...mas sem radicalidades. Estudei a vida inteira em um colégio de freiras e não desejo o mesmo a um filho meu. Escolhas, escolhas...

9- Espaço: eu adoraria que a escolinha que escolhi tivesse um espaço maior. Infelizmente, por estar cercada de prédios, isso nunca será possível. A filha de uma amiga minha está estudando em Aracaju e na sua escola tem hortinha, fazendinha... Um sonho!

10- Esportes: fui atleta no meu tempo de escola e meu marido também. Mas Leonardo só tem 1 ano e só ficará até os 7 nessa escola, então esportes AGORA não faz falta nenhuma! Ele entrou na natação aos 6 meses,mas teve que deixar porque desenvolveu alergia ao cloro. Mais pra frente, aos 3 anos,ele poderá voltar a nadar e vai fazer isso em outro lugar fora da escola. Tenho filhos de amigas minhas com 3-4 anos que fazem karatê, balé, jiu-jitsu, futebol...fora da escola.

11- Método de ensino: o método construtivista foi abolido na Europa e Estados Unidos por ter se mostrado um método falho...não queria nada radical demais nesse comecinho de vida;

12- Modernidade: um prédio novinho, com tudo moderninho é o máximo! A escolinha que escolhi não é muito bonita, afinal são 25 anos de tradição! Mas os brinquedos e materiais são novinhos,a criança tem acesso fácil a eles e é tudo muito limpinho. Tá valendo!

13- Currículo: aulas de inglês e informática estão incluídas;

14- Preço: Na média das demais,talvez até um pouco mais em conta.