Diante do aumento da diabetes mellitus gestacional (DMG), há uma crescente necessidade de se compreender os efeitos
da exposição intrauterina à glicose no
recém-nascido tanto no momento do nascimento quanto mais tarde na vida.
Num estudo, publicado pelo periódico Diabetologia, foram
estudados 255 adolescentes obesos com tolerância normal à glicose no início da
pesquisa. Todos eles foram investigados para a exposição in utero ao DMG e passaram por um teste oral de tolerância à glicose (TOTG), que foi repetido
após aproximadamente 2,8 anos.
Os resultados mostram que 210 (82,3%) participantes não foram expostos ao DMG (grupo NDMG), e 45 (17,7%) foram expostos ao DMG (grupo
EDMG). No grupo NDMG, apenas 8,6% (n=18) desenvolveram ou intolerância à glicose (IGT) ou diabetes de tipo 2 em
comparação com 31,1% (n=14) do grupo EDMG que desenvolveram IGT ou diabetes do tipo 2.
Concluiu-se que jovens obesos expostos in utero à DMG mostram incapacidade precoce de compensação adequada pela
célula beta do pâncreas em resposta à
diminuição dos níveis de sensibilidade à insulina.
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