A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) lançou semana passada uma publicação em que defende que as grávidas não consumam álcool - mesmo moderadamente.
A abstinência é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e demais entidades da área, como sociedades de obstetrícia, mas há médicos que liberam uma taça de vinho de vez em quando às pacientes. Estudos brasileiros indicam que de 20% a 40% das gestantes consomem bebida alcoólica!!
De acordo com a pediatra Conceição Segre, coordenadora do livro, o álcool ingerido pela gestante ultrapassa a barreira da placenta e se acumula no líquido amniótico. Também atinge o feto pelo sangue do cordão umbilical, prejudicando a transferência de nutrientes e oxigênio. Em cerca de uma hora, os níveis de álcool no sangue fetal são iguais aos da mãe. Mas, como o bebê tem massa corporal menor e o fígado imaturo para metabolizar a substância, calcula-se que o efeito tóxico para ele seja oito vezes maior.
As consequências dessa intoxicação permanecem a vida inteira, com intensidade variável, diz Conceição. Nos casos mais graves, que caracterizam a síndrome alcoólica fetal e atingem um a cada mil bebês, ocorrem malformações na face, diminuição no perímetro cefálico - por causa das alterações no sistema nervoso - e retardo no crescimento pré e pós-natal.
Estima-se que para cada caso da síndrome completa haja outros três do chamado "espectro de distúrbios fetais causados pelo álcool". "São alterações neurológicas percebidas apenas mais tarde, quando a criança está em idade escolar", conta a médica. Dificuldades de linguagem, déficit de atenção e hiperatividade são alguns dos efeitos tardios.
"O nível seguro para o consumo é desconhecido. Por isso, a não ingestão de álcool pela grávida e pela mulher que deseja engravidar é a única forma de prevenção", defende Conceição.
O psiquiatra Erikson Furtado, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, conta que um estudo feito nos anos 1980 mostrou que uma única dose de álcool era capaz de provocar o que os médicos chamam de sofrimento fetal - alterações no batimento cardíaco associadas à queda na oxigenação.
"Pacientes relatam que depois de beber percebem o bebê mais inquieto. Isso pode ser sinal de sofrimento fetal", diz a psiquiatra Camila Magalhães Silveira, do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa). "Há a cultura de que se pode beber um pouquinho. Mas, de pouquinho em pouquinho, faz-se um consumo regular", afirma.
Pras amantes de uma cervejinha, há a opção das cerveja 0% de teor alcoolico; já em relação ao vinho e destilados, melhor evitar, né amigas?
Eu sou bem radical nesse assunto!
ResponderExcluirQuando estava grávida, estava tomando um missoshiro e senti um leve gostinho de sakê... parei de tomar! rsrs
Acho um absurdo o tanto de gestante que a gente encontra por aí fumando tbm!
Pois é, Line! Eu tomei uma cerveja sem alcool porque era carnaval,mas ficava pensando será que não tem nadica de alcool mesmo? Bem, se tivesse as autoridades, com certeza, proibiriam,né? Mas não custa nada esperar um pouquinho!
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirOlha confesso para vcs, sou amante de cerveja, não sei viver sem tomar uma gelada aos FDS, mas depois que engravidei, hoje as 13 semanas de gestação eu nem acredito no que estar acontecendo, meu organismo rejeita!! não fico enjoada ao vê-la mas também não sinto nenhuma vontade de sentir seu sabor.. é realmente impressionante. Muito feliz , espero que continue assim para sempre...Bom dia